Governo Lula concede a braço direito de Edir Macedo polêmico passaporte especial que impede revistas e burocracias

Faltando apenas dois dias para o final do Governo Lula, o bispo Romualdo Panceiro Filho (foto), 50, o segundo na hierarquia da Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus, recebeu um presente do então ministro Celso Amorim, das Relações Exteriores: um passaporte diplomático.




Os portadores dessa identificação recebem tratamento diferenciado nos aeroportos e alfândegas no exterior, como dispensa de revista e eliminação da burocracia.



A pedido do senador e pastor licenciado Marcelo Crivella (PRB-RJ), Panceiro fez parte do seleto grupo de parentes de Lula que foram agraciados com o mimo de Amorim: Luís Cláudio, 25, e Marcos Cláudio, 39, filhos, e o neto de 14 anos.



Além dos diplomatas, o passaporte especial só pode ser concedido a autoridades governamentais, como presidente da República e parlamentares e a algumas poucas pessoas que representam os interesses do Brasil.



Segundo informações divulgadas pelo jornal “Folha de São Paulo”, os documentos para o bispo Romualdo Panceiro foram emitidos com base no decreto 5.978/ 2006, que prevê a concessão de passaporte diplomático para autoridades e ex-presidentes, incluindo alguns parentes, o religioso estariam fora das normas exigidas para obtenção do documento, mas outro decreto do Itamaraty prevê a concessão para pessoas “em função do interesse do país”.



A “Folha” apurou que o passaporte dado a Panceiro foi um pedido do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), integrante da base governista. Procurado pelo jornal, a assessoria do parlamentar informou que ele está viajando.



O bispo Edir Macedo, 66, o líder da Universal, tem passaporte diplomático desde 2007 porque existiria uma lei que concede o benefício a líderes de igreja, mas não há informação de que haja outros religiosos que o têm.



Edir Macedo, por intermédio de suas empresas de comunicação, tendo à frente a Rede Record, deu amplo apoio do Governo Lula e à candidatura de Dilma Rousseff.



Na posse da Dilma, Macedo e diretores da Record entraram no fim da fila das autoridades estrangeiras para cumprimentá-la. Foram os únicos empresários-religiosos que participaram da cerimônia.



A assessoria do ministério informou que a liberação dos documentos diplomáticos (que foram emitidos sem custo) para parentes do ex-presidente tem como objetivo “evitar problemas com autoridades de outros países. Sobre o passaporte do bispo da IURD, o Itamaraty informou que houve “caráter excepcional em interesse do país”.



Além de Panceiro, os filhos e um neto de 14 anos de Lula também receberam o passaporte no fim do mandato do então presidente. Eles também estariam fora das normas exigidas para a obtenção dos documentos.



Fonte: Gospel+



Com informações de e-Paulopes e SRZD

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