Em evento evangélico, Dilma usa a Bíblia para explicar plano de governo e afirma: “O povo evangélico é o povo de Lula”

Um dia depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva compará-la (e a si mesmo) a Jesus Cristo, a candidata petista à presidência da República, Dilma Rousseff, citou, neste sábado, em evento para cerca de dois mil evangélicos, em Brasília, o capítulo da Bíblia que trata do milagre da multiplicação dos pães. Dilma disse que quer fazer a distribuição no Brasil assim como Jesus Cristo fez na passagem em que pão e vinho se multiplicaram. “Quero uma sociedade em que o princípio da distribuição e multiplicação seja base no sentido mais profundo. Eu sou a favor da vida”, disse.




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A declaração de que é “a favor da vida” é feita no momento em que a campanha petista se preocupa com a imagem da candidata junto aos religiosos. Esta semana, o bispo de Guarulhos, d. Luiz Gonzaga Bergonzini, pregou boicote à presidenciável nas 37 paróquias da cidade, dizendo que a petista é favorável à descriminalização do aborto.



Dilma também negocia com evangélicos deixar temas como a legalização do aborto, regulamentação da prostituição, retirada de símbolos religiosos de locais públicos e a união estável entre homossexuais para o Congresso Nacional debater. No evento deste sábado, ela também citou uma passagem que trata sobre vida em abundância. “O choro pode durar toda uma noite, mas a gente sabe que a alegria vem pela manhã”, afirmou ao explicar os benefícios que pretende garantir à população brasileira.



Dilma Rousseff pediu o apoio dos religiosos para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, se eleita. A candidata disse que Deus e o destino não podem ser responsabilizados pela pobreza e os infortúnios. Segundo ela, “a mão imperfeita” das pessoas que conduz mal as políticas públicas.



“A pobreza não é resultado do destino. Não foi Deus que construiu um país tão desigual. Foi a mão imperfeita de homens e mulheres. Isso acontece quando nos afastamos dos desígniios de Deus”, afirmou Dilma, na sede nacional das Assembleias de Deus no Brasil. “Está nas escrituras, o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem no dia seguinte.”



Dilma fez um discurso de pouco mais de 20 minutos citando várias passagens bíblicas.



Segundo a candidata, o objetivo dela, se eleita, é dar continuidade a vários projetos iniciados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Eleita, vou dar continuidade ao projeto do presidente Lula e aprofundar [em várias áreas]”, afirmou Dilma. “O povo evangélico deste país também é o povo do governo Lula.”



Para Dilma, os programas sociais devem considerar o apoio à solidez familiar e também às questões relativas aos jovens, às crianças, aos idosos e aos deficientes. Segundo ela, para assumir um cargo de comando e por em prática as metas definidas é preciso lembrar do pedido do rei Salomão – que governou Israel por 40 anos e foi considerado um dos mais sábios. “Quero ter sabedoria e discernimento nesta caminhada”, disse ela.



O presidente das Assembleias de Deus do país, pastor Manoel Ferreira, defendeu a candidatura de Dilma. Segundo ele, o Brasil está no rumo certo e por isso não há razão para mudar a orientação política. “Temos aqui a timoneira [Dilma]. Estamos no rumo certo, então por que mudar?”, afirmou.



Também participaram do encontro o candidato a vice-presidente, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB), o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, vice- presidente da Caixa Econômica Federal, Moreira Franco; o ex-ministro dos Esportes e atual candidato ao governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz; o ex-prefeito de Belo Horizonte e atual candidato ao Senado pelo PT, Fernando Pimentel; os deputados federais Rodovalho, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF); Geraldo Magela (PT-DF); o senador Cristovam Buarque (PDT-DF); o Marcelo Crivella (PRB-RJ).



Fonte: Jornal do Brasil, Veja e Folha / Gospel+

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